Via Nova Consciência
Pressionada por setores do agronegócio, governadores de estado e políticos da bancada ruralista, a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, entregou nesta terça-feira sua carta de demissão ao presidente Lula, de caráter irrevogável.
Era a última pessoa no governo a defender o meio ambiente e uma política de desenvolvimento sustentável. Com sua saída, a ala do crescimento a qualquer preço, capitaneada pela ministra Dilma Roussef, venceu o cabo-de-guerra contra aqueles que buscavam conciliar desenvolvimento com sustentabilidade.
Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace, diz que a demissão da ministra é uma crônica de uma morte anunciada.
"O governo Lula já vinha dando vários sinais de que, para ele, a agenda ambiental era uma pedra no sapato", afirma. [Leia +]
"A liberação dos transgênicos no país, a retomada do programa nuclear brasileiro, com o anúncio da construção de Angra 3 e outras quatro usinas nucleares no nordeste, são apenas algumas de várias ações que demonstraram o compromisso do governo Lula com o desenvolvimento a qualquer custo e não com a sustentabilidade."
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