via Inovação Tecnológica
'Já não é mais completamente maluco perguntar o que aconteceu antes do Big Bang.' A afirmação é de Marc Kamionkowski, coordenador de um grupo de astrofísicos de uma das principais universidades dos Estados Unidos, a Caltech.
Até agora acreditava-se que a explosão que deu origem ao nosso universo foi forte o suficiente para eliminar qualquer traço do que existia antes.
Mas uma nova interpretação de registros dos primeiros instantes após o Big Bang pode lançar alguma luz sobre o que existia antes e o que exatamente explodiu.
A teoria atual baseia-se em um fenômeno chamado inflação cósmica, que propõe que o espaço expandiu-se exponencialmente no instante seguinte ao Big Bang.
O problema é que isso resultaria em um universo perfeitamente uniforme. E todas as observações indicam que há variações gigantescas entre as diversas regiões do Universo.
Dados da sonda espacial WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe), da NASA, mostram que a amplitude nas flutuações da CMB, que seria consistente com o modelo da inflação espacial, na verdade não é a mesma em todas as direções.
A nova teoria poderá ser testada já em 2009, utilizando a sonda espacial Planck, uma missão internacional coordenada pela Agência Espacial Européia, que deverá ser lançada em Abril do próximo ano. [Leia+]
"Em termos observacionais, tudo isto está escondido por um véu," afirma Kamionkowski. "Se nosso modelo se sustentar, nós teremos a primeira chance de olhar além desse véu."
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