via BBC Brasil
Dois telescópios espaciais, Herschel e Planck, foram lançados nesta quinta-feira pela Agência Espacial Europeia para investigar os primórdios do Universo e estudar a luz mais antiga existente, formada apenas 380 mil anos após o Big Bang.
O Herschel é o maior telescópio espacial que já se tentou colocar em órbita. Segundo os especialistas, as informações obtidas pelos telescópios têm o potencial de questionar teorias atuais da Física e até trazer evidências da existência de um outro Universo anterior ao atual.
Os telescópios, com custo de US$ 2,89 bilhões, foram lançados a bordo de um único foguete partindo de uma base na Guiana Francesa. Os satélites vão se separar e seguir em rotas diferentes para posições de observação a mais de 1,5 milhões de quilômetros de distância da Terra.
As inovações também permitem que o Herschel observe distâncias inimagináveis no espaço, para ver galáxias que existiram quando o Universo tinha entre a metade e um quinto de sua idade atual.
O outro telescópio, Planck, vai mapear o céu com ondas de luz de comprimentos ainda mais longos, na porção de micro-ondas do espectro eletromagnético.
O Planck vai fazer as medições mais detalhadas daquilo que os cientistas chamam Cosmic Microwave Background (CMB), a Radiação Cósmica de Fundo.
Formado 380 mil anos após o Big Bang, esse sinal tênue de micro-onda é o calor remanescente da grande explosão que originou o Universo, a 'luz mais antiga' existente, e que ainda cerca o Universo nos dias de hoje.
'Ele vai nos permitir identificar todas as características básicas do Universo com grande precisão - sua idade, seus conteúdos, como evoluiu, sua geometria, etc.'
Uma questão-chave envolvendo o telescópio Planck diz respeito à chamada 'inflação'. Ela é a expansão mais rápida do que a luz que, os cosmólogos acreditam, o Universo teria sofrido em seus primeiros momentos de existência. [Leia+]
"É possível que encontremos uma marca impressa antes do Big Bang ou é possível que encontremos uma marca de outro Universo e, então, teremos encontrado evidências de que somos parte de um 'Multiverso'."
Nenhum comentário:
Postar um comentário