via Inovação Tecnológica
Arley Reis
Dois astrônomos brasileiros elaboraram um mapa de um eclipse estelar, envolvendo sistemas de estrelas binárias, com uma qualidade nunca obtida até hoje. A descoberta foi publicada no conceituado The Astrophysical Journal.
Usando técnicas indiretas de obtenção de imagens, o estudo traz respostas a questões que há décadas intrigavam os astrônomos sobre as chamadas estrelas variáveis cataclísmicas - sistemas binários onde existe transferência de matéria de um corpo celeste para o outro.
"O trabalho foi chamado de estado da arte para técnicas de mapeamento indireto pelo revisor dessa importante revista científica, e demonstra a qualidade da pesquisa em astrofísica realizada na UFSC", comemora o físico Roberto Saito, que divide a autoria do artigo com seu orientador no doutorado, o professor Raymundo Baptista, integrante do Grupo de Astrofísica, ligado ao Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina.
O estudo das binárias próximas é importante pois a interação entre elas permite extrair uma grande quantidade de informações e aplicar as leis de Newton e de Kepler, para determinação das massas e raios das estrelas.
Os resultados obtidos por Saito servem para testar modelos e teorias e auxiliam numa maior compreensão da física dos discos de acréscimo (que levam matéria para uma das estrelas no sistema binário), colaborando com investigações sobre como estes astros se comportam. [Leia+]
"São as mudanças na transferência de matéria entre as estrelas que modulam a pulsação observada, esclarecem os mapas produzidos pela tese da UFSC. "E estas mudanças ocorrem porque a estrela que doa matéria é uma estrela magnética como o sol, que "respira" inchando e encolhendo (uma mísera parte em 10.000) mais ou menos uma vez por década (no caso do sol o ciclo é de 11 anos). "
Um comentário:
olá gostaria do email pessoal para fazer um convite.
abraços
Nelson.
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