quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bactérias tornam-se aliadas na limpeza de derramamentos de óleo



via
Inovação Tecnológica
Débora Motta [Faperj]

Um novo produto de limpeza desenvolvido nos laboratórios da Coppe e do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), promete ser um aliado para remediar a poluição causada por derramamentos de óleo no mar ou pelo rompimento de oleodutos em terra.

Trata-se de um detergente biodegradável capaz de limpar as manchas de óleo, conhecido tecnicamente como biossurfactante.

'É um produto de origem microbiana, obtido a partir de fontes renováveis de carbono, que pode ser usado para reduzir a contaminação e minimizar o impacto ao meio ambiente', diz um dos coordenadores da pesquisa, Cristiano Borges, do Programa de Engenharia Química da Coppe.

O estudo, realizado em parceria com a Petrobras, é o primeiro do gênero no País. 'É uma pesquisa inédita, que surgiu há 10 anos por iniciativa da pesquisadora Denise Freire, do Instituto de Química, em parceria com a pesquisadora Lidia Santanna, da Petrobras', conta Borges, que participa do projeto há cinco anos.

De acordo com Kronemberger, a ideia é produzir o detergente em maior escala, na Unidade Piloto para Produção de Biossurfactantes, localizada na Coppe e inaugurada no dia 24 de julho último.

O biossurfactante é produzido a partir de um processo de fermentação aeróbia das bactérias Pseudomonas sp, que transformam fontes de carbono no detergente biodegradável. [Leia+]

"Essas bactérias produzem naturalmente o biossurfactante porque são originárias de poços de petróleo, onde sua única maneira de sobrevivência é através do consumo das cadeias orgânicas do petróleo"

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