via Terra
Zeeya Merali
Foi preciso mais de um século, mas os raios-X estão enfim realizando avanços. Uma nova maneira de gerá-los emprega nanotubos de carbono, e poderia permitir varreduras tridimensionais em tempo real.
'Se considerarmos a tecnologia hoje existente para os raios-X, constataremos que em termos técnicos muito pouco mudou desde que Wilhelm Rontgen os descobriu, mais de 100 anos atrás', diz Otto Zhou, especialista em ciência dos materiais na Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill.
Zhou e seus colegas desenvolveram sua nova alternativa aos sistemas convencionais de tomografia quando a máquina de raios-X de seu laboratório de nanotecnologia quebrou. 'Não demoramos muito a provar que, em princípio, nanotubos eram capazes de gerar raios-X', afirmou. 'O que requereu mais tempo foi transformar essa ideia em uma tecnologia viável'.
O que torna um sistema como esse adequado para a obtenção de imagens médicas tridimensionais em tempo real, no entanto, é a velocidade com que os nanotubos individuais podem ser ligados e desligados.
Isso pode ser feito em prazo de alguns microssegundos pela aplicação ou remoção dessa voltagem. O aparelho criado por Zhou conta com muitos nanotubos posicionados em torno do objeto de exame em uma disposição tridimensional.
Eles são ativados em sequência, o que gera uma cascata de raios-X que varrem o corpo de diferentes direções, diz. "Um sistema de comutação eletrônica pode criar um feixe de varredura sem que seja necessário qualquer movimento mecânico do aparato", ele diz. [Leia+]
"Essa tecnologia de varredura é rápida o suficiente para oferecer imagens tridimensionais em tempo real, o que ajudará a direcionar feixes de raios de maneira mais precisa à posição dos tumores, em tratamentos radioterápicos, diz Sha Chang, membro da equipe e especialista em Física médica, também da Universidade da Carolina do Norte."
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