via TerraNatureCientistas de
Cambridge,
Reino Unido, desenvolveram um
reator que pode produzir
oxigênio a partir de rochedo
lunar - uma tecnologia vital se os planos de criar uma
base na Lua decolarem. Seja com o intuito de explorar os recursos da Lua ou usar o
satélite como um
ponto de lançamento para explorar lugares mais distantes do
espaço, os ocupantes de qualquer base lunar precisarão de
oxigênio para sobreviver.
O
transporte do gás para a Lua seria extremamente caro podendo chegar a custar até
US$ 100 milhões por tonelada segundo algumas estimativas, por isso os pesquisadores estão examinando maneiras potencialmente mais baratas de produzir
oxigênio na própria
Lua.
A
Nasa investiga há anos maneiras de obter
oxigênio a partir de
rochedo lunar. Em 2005, como parte de seu programa
Desafios Centenários, a agência ofereceu um prêmio de US$ 250 mil à primeira equipe que desenvolvesse um kit capaz de extrair
cinco quilogramas de
oxigênio em oito horas de uma
rocha lunar artificial.
Agora,
Derek Fray, químico de materiais da
Universidade de Cambridge, Reino Unido, e seus colegas elaboraram uma possível solução, modificando um
processo eletroquímico inventado por eles em 2000 que extrai
metais e
ligas de óxidos metálicos. O processo utiliza os
óxidos - também encontrados em
rochas lunares - como um
cátodo, junto de um
ânodo feito de carbono. Para que a corrente flua pelo sistema, os
eletrodos são depositados em uma solução
eletrólita de
cloreto de cálcio fundido, um
sal comum com ponto de
fusão de quase
815,5ºC.
Nos testes,
Fray e seus colegas usaram uma
rocha lunar artificial chamada
JSC-1, desenvolvida pela
Nasa. Fray prevê que
três reatores, cada um com cerca de
90 cm de altura, seriam o suficiente para gerar
uma tonelada de oxigênio por ano na Lua.
Três toneladas de rocha serão necessárias para produzir cada tonelada de
oxigênio e, nos testes, a equipe viu uma recuperação de
oxigênio de quase 100%, ele conta. No início de agosto, Fray apresentou os resultados no
Congresso da União Internacional de Química Pura e Aplicada, em
Glasgow, Reino Unido.
[Leia+]"Uma técnica similar de extração de oxigênio está sendo desenvolvida por Donald Sadoway, do Instituto de Tecnologia Massachusetts, em Cambridge, Massachusetts, mas seu processo funciona a uma temperatura muito maior, que pode chegar a até 1593ºC o que significa que a rocha lunar seria derretida, podendo atuar como o próprio eletrólito."