via Terra
O anúncio da existência de água congelada em uma cratera da Lua feito pela Nasa, agência espacial americana, nesta sexta-feira, entusiasmou astrônomos e especialistas no tema. De acordo com os pesquisadores, a descoberta, realizada após o impacto da sonda espacial LCROSS (Lunar Crater Observation and Sensing Satellite, em inglês) em 9 de outubro, pode abrir um novo capítulo na história lunar, além de ampliar os horizontes de sobrevivência para os seres humanos.
A Lua é uma testemunha preciosa da história e dos segredos do nosso Sistema Solar desde o seu nascimento, há 4,5 bilhões de anos, bem como uma importante reserva de recursos naturais, como oxigênio, hidrogênio, silício e hélio. 'Ela tem um grande potencial de informações científicas para serem descobertas que se relaciona diretamente com o nosso entendimento da história da Terra e de outros planetas', resume o geologista Harrison Schmitt.
O único satélite natural da Terra, situado a 384.402 km de distância, continua sendo misterioso apesar das seis missões americanas que tocaram o solo lunar, realizadas no âmbito do programa Apollo, entre 1968 e 1972.
'Em nenhuma outra parte podemos contemplar com tanta clareza a época em que a Terra e os outros planetas do nosso sistema solar se formaram', destacou em um estudo recente a Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos. 'O interior da Lua conservou intacta a história das primeiras etapas da evolução planetária e sua superfície sem ar também dá um testemunho contínuo da história terrestre e da ação solar', acrescentou.
O oxigênio e o hidrogênio podem ser utilizados para fabricar combustível para motores de foguetes, o que poderia reduzir consideravelmente os custos da exploração espacial, permitindo lançar naves além da atmosfera terrestre. O regolito lunar também contém silício, que pode ser utilizado para fabricar painéis solares. Várias empresas estudam a possibilidade de produzi-los na Lua com o propósito de fornecer eletricidade às colônias que se estabeleceriam ali no futuro.
O solo lunar também tem importantes reservas de hélio-3, um isótopo não-radioativo de hélio muito raro na Terra e buscado na fusão nuclear. [Leia+]
'Somente voltando à Lua poderemos fazer novas explorações científicas e sanar as lacunas em nossa compreensão do sistema solar', concluiu a Academia, que recomenda a volta das missões tripuladas à Lua. "
Nenhum comentário:
Postar um comentário