via Folha Online [Ciência]
Substâncias cuja ação equivale à do princípio ativo da maconha podem ajudar os cientistas a aumentar o 'prazo de validade' das células-tronco embrionárias. As moléculas diminuem em até 45% a morte das células em laboratório, o que pode se revelar uma forma de aumentar a eficiência de futuras terapias com base nelas.
As células-tronco embrionárias se destacam pela versatilidade, tendo o poder comprovado de assumir o papel de qualquer tecido do organismo adulto.
Por isso, o grande sonho da medicina regenerativa é usá-las para reconstruir órgãos danificados. Mas um dos muitos obstáculos no caminho do plano é a baixa eficiência com que elas se mantêm no organismo.
Alguns dados preliminares já mostravam um elo entre a chance da sobrevida das células-tronco e a ativação das fechaduras químicas CB1 e CB2, conhecidas como receptores canabinoides justamente por interagirem com as moléculas presentes na maconha, ou Cannabis sativa.
Não é que o organismo humano tenha sido 'projetado' para receber a droga: ocorre que o corpo produz naturalmente substâncias que se ligam aos receptores canabinoides, desempenhando papel importante na regulação do humor, no controle do apetite e até nas defesas biológicas naturais de cada pessoa.
'O próximo passo será explorar o potencial dos canabinoides como agentes capazes de aumentar a sobrevivência de células-tronco embrionárias depois de transplantes', diz Rehen, cujo grupo inaugura nesta segunda a unidade carioca do Lance (Laboratório Nacional de Células-Tronco Embrionárias), associado à Rede Nacional de Terapia Celular do Ministério da Saúde. [Leia+]
"Por conta da exposição dos seres humanos aos canabinoides ao longo de milhares de anos, conhecemos a maior parte de seus efeitos no organismo, o que favoreceria sua aplicação terapêutica quando comparados a outros fármacos."
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