Da Reuters
Quando Sepideh Farsi enfrentou restrições do governo iraniano à sua proposta de fazer um filme em Teerã durante a campanha eleitoral deste ano, ela recorreu ao celular.
Usando apenas a câmera de um telefone Nokia N95, Sepideh percorreu as ruas da capital iraniana filmando conversas com taxistas, mulheres em salões de beleza, atores, mágicos e jovens em cafés.
O resultado é um documentário fascinante sobre a vida na poluída e densamente povoada capital de um país que enfrenta sanções internacionais por suas ambições nucleares e que passa pela maior agitação popular desde a revolução islâmica de 1979.
O filme não é totalmente isento de interferência da diretora, já que ela guiou as conversas e passou seis meses editando o material, mas 'Tehran Bedoune Mojavez' (Teerã sem permissão) traz uma visão da vida na cidade em imagens apenas ligeiramente granulosas, que funcionam bem na tela grande. [Leia+]
"Há o microfone, o flash - sempre existe uma distância entre quem filma e quem é filmado. Mas com o celular isso é reduzido ao mínimo".
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