quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Circuito molecular transforma luz em eletricidade



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Inovação Tecnológica
Imagem Banerjee et al./ACS Nano

Cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, criaram um circuito molecular capaz de transformar luz em corrente elétrica utilizando os plasmons de superfície, pacotes de energia que flutuam sobre a superfície dos metais, em vez de viajar pelo seu interior.

Os plasmons de superfície estão na crista da onda de uma série de pesquisas que estão criando a área da plasmônica, um campo emergente da tecnologia em nanoescala frequentemente chamado de "luz por meio de fios".

Esta é a primeira vez que cientistas demonstraram a possibilidade de usar o fenômeno, que se verifica em nanoescala, para induzir o movimento de elétrons, produzindo eletricidade.

O sistema molecular de captura de energia poderia ser utilizado, por exemplo, para alimentar pequenos dispositivos eletrônicos, como sensores, que passariam a funcionar sem a necessidade de baterias.

Além disso, os pesquisadores demonstraram que a magnitude da fotocondutividade das nanopartículas acopladas pelos plasmons de superfície pode ser ajustada independentemente das características ópticas da molécula utilizada, um resultado que tem implicações significativas para o desenvolvimento dos futuros dispositivos optoeletrônicos em nanoescala. [Leia+]

"A descoberta da geração de eletricidade induzida pelos plasmons de superfície abre caminho não apenas para novas formas de transformar a luz do Sol em eletricidade, mas também de construir uma família inteiramente nova de componentes potencialmente substitutos dos atuais componentes eletrônicos, como os transistores, que poderiam ser acionados diretamente por luz, em vez de eletricidade."

Refrigeração óptica a laser atinge temperaturas criogênicas



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Inovação Tecnológica

Pesquisadores norte-americanos e italianos, trabalhando conjuntamente, criaram o primeiro "crio-refrigerador" óptico, inteiramente de estado sólido. Hoje, para atingir essas temperaturas criogênicas é necessário usar gases liquefeitos.

Além de permitir a miniaturização de sensores usados em sondas espaciais, satélites artificiais e em aviões, a tecnologia de crio-refrigeração óptica poderá dar novo ímpeto ao campo dos supercondutores, materiais especiais que transmitem eletricidade sem perdas, mas que funcionam apenas em temperaturas muito baixas. [Leia+]


"Esperamos que o prosseguimento da pesquisa possa levar o material a temperaturas abaixo de 77 K (ponto de ebulição do nitrogênio líquido) e, no futuro, temperaturas tão baixas quanto 10 K poderão ser possíveis."

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Estrelas primitivas são descobertas fora da Via Láctea

via Inovação Tecnológica
foto ESO/Digitized Sky Survey 2

Durante anos, as estrelas mais primitivas do Universo, situadas fora da Via Láctea, conseguiram esconder-se dos olhos indiscretos dos humanos e seus telescópios cada vez melhores. Mas agora, elas foram finalmente desmascaradas.

Novas observações, utilizando o Very Large Telescope, localizado nas montanhas do Chile, solucionaram um importante problema astrofísico relativo às estrelas mais antigas na nossa vizinhança galáctica - um problema crucial para compreender as estrelas que se formaram quando o Universo ainda era muito jovem.

As estrelas primitivas agora observadas pertencem a uma das primeiras gerações de estrelas do Universo. Extremamente raras, podem ser observadas principalmente na Via Láctea.

"Até agora, evidências dessas populações têm sido escassas," diz a coautora Giuseppina Battaglia. "Enormes levantamentos feitos nos últimos anos mostraram continuamente que as populações estelares mais antigas da Via Láctea e de galáxias anãs não coincidem, um fato que não é de todo esperado segundo os modelos cosmológicos."

Os pesquisadores utilizaram o Very Large Telescope (VLO) para medir o espectro de cerca de 2.000 estrelas gigantes individuais em quatro das galáxias anãs vizinhas à Via Láctea: Fornax, Escultor, Sextante e Carina.

"O nosso trabalho não só revelou algumas das muito interessantes primeiras estrelas destas galáxias, como ainda fornece uma nova e poderosa técnica de detecção de estrelas deste tipo," conclui Starkenburg. "A partir de agora as estrelas já não têm mais onde se esconder!"

"Na realidade, descobrimos uma falha nos métodos utilizados até agora," conta Else Starkenburg, autora principal do artigo que descreve as descobertas. "O nosso método mais desenvolvido permitiu-nos descobrir as estrelas primitivas escondidas no meio de todas as outras estrelas mais comuns."

Galáxias e cometas marcam estreia do telescópio Wise [Wide Field Infrared Survey Explorer]



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Inovação Tecnológica
foto NASA/JPL

Um elenco diversificado de personagens cósmicos marcou a estreia do novo telescópio Wise (Wide Field Infrared Survey Explorer), lançado pela NASA nos últimos dias de 2009.

O WISE é um telescópio na faixa do infravermelho que ficará circulando em volta da Terra ao longo dos pólos para fazer um mapa completo do universo, detectando galáxias longínquas, estrelas frias demais para que sua luz seja captado com precisão por outros telescópios e até asteroides escuros, escondidos nas profundezas do Sistema Solar, de onde podem surgir "repentinamente" para se chocar com a Terra [veja mais detalhes em Telescópio Wise vai procurar Estrela X, asteroides ameaçadores e muito mais.]

A fase científica da missão começou em Janeiro. Desde então, o Wise já enviou mais de 250.000 imagens em infravermelho do Universo. Agora a NASA divulgou as primeiras dessas imagens, já processadas e corrigidas.

Nós podemos mapear milhares de sistemas solares nascendo e morrendo em toda a nossa galáxia. Podemos ver os padrões de formação de estrelas em outras galáxias, e ondas de estrelas explodindo em aglomerados de galáxias a milhões de anos-luz de distância. [Veja+]

"Todas essas fotos contam uma história sobre nossas origens e nosso destino, ambos ligados à poeira estelar," disse Peter Eisenhardt, cientista da NASA. "O 'Sábio' (wise em inglês) vê cometas empoeirados e asteroides rochosos traçando a formação e a evolução do nosso sistema solar."

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ferrari V12 Engine [612 Scaglietti]

via Wikipédia

A 612 Scaglietti é um modelo Grand tourer da Ferrari equipado com motor V12. Veio em 2004 para substituir o 456M, apesar de ser maior. [Leia+]

"Devido a esse seu tamanho, o 612 Scaglietti possui quatro lugares e acomoda confortavelmente quatro adultos.O veículo é dotado de um motor V12 de 540 cv de potência."

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Material bizarro abre fronteiras na spintrônica e na computação quântica



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Inovação Tecnológica
imagem Hailin Peng

Uma substância bizarra, que acaba de ser sintetizada por cientistas da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, comporta-se tão estranhamente quanto previram seus idealizadores, quando ela era ainda apenas uma simulação na tela do computador.

O material, construído à base de seleneto de bismuto, pode dar um verdadeiro impulso ao campo da spintrônica, uma tecnologia emergente que utiliza os elétrons para armazenar informações - com aplicações em computação ultra miniaturizada e em computação quântica. [Leia+]

"No início das pesquisas com semicondutores, as pessoas gastaram muito tempo apenas compreendendo sua ciência fundamental. Uma vez estabelecidas as propriedades físicas desses materiais, os engenheiros puderam usá-los para construir estruturas complexas, trazendo-os para o nosso dia a dia."

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

NASA transmitirá ao vivo do interior dos laboratórios da Estação Espacial



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Inovação Tecnológica

A partir desta segunda-feira, 1º de Fevereiro, a NASA TV passará a transmitir imagens também do interior dos diversos laboratórios da Estação, ao vivo, enquanto os astronautas estiverem trabalhando em experimentos científicos.

Quando os ônibus espaciais estiverem atracados à Estação, a transmissão irá incluir áudio e vídeo também dessas atividades. [Leia+]

"Vinte e duas tripulações já ocuparam a Estação desde 2000, incluindo a atual tripulação de cinco astronautas."

Levitação magnética abre nova rota para fusão nuclear



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Inovação Tecnológica
foto Boxer et al./Nature Physics


Cientistas norte-americanos acreditam ter descoberto uma nova abordagem rumo ao objetivo, ainda elusivo, de domar a fusão nuclear, a fonte de energia das estrelas.

A fusão nuclear tem sido uma meta perseguida por físicos e pesquisadores de energia há mais de 50 anos. Isso porque ela oferece a possibilidade de criação de uma fonte virtualmente infinita de energia sem emissões de carbono e praticamente sem resíduos radioativos.

Ao contrário da fissão nuclear, a reação fundamental das atuais usinas nucleares, quando átomos são quebrados, na fusão nuclear átomos leves são unidos para formar um átomo mais pesado, liberando uma quantidade descomunal de energia.

Mas o desenvolvimento de um reator de fusão tem-se mostrado mais difícil do que inicialmente se pensava. Para explorá-la, será necessário literalmente construir uma mini-estrela artificial. E impedir que tanto calor derreta qualquer coisa com a qual entre em contato é um desafio imenso.

O maior esforço está sendo feito no ITER, que está sendo construído na França, com um custo final que poderá ser três vezes maior do que o LHC. Em 2008, um grupo de cientistas propôs que megalaser seria o caminho mais curto para a fusão nuclear.

Os novos resultados vêm de um dispositivo experimental chamado LDX (Levitated Dipole Experiment). Inspirado em observações feitas a partir do espaço por satélites artificiais, o LDX usa um ímã de meia tonelada, em formato de anel, com o tamanho aproximado de um pneu de caminhão, feito de fios supercondutores enrolados dentro de um recipiente de aço inoxidável.

Este ímã fica literalmente levitando, suspenso por um poderoso campo eletromagnético. Sua função é controlar o movimento de um plasma, um gás de partículas eletricamente carregadas aquecido a 10 milhões de graus Celsius, contido em uma câmara externa de cinco metros de diâmetro.

Com o magneto levitando, o pico central da densidade do plasma foi alcançado em alguns centésimos de segundo, algo muito semelhante ao observado nas magnetosferas planetárias - como nos campos magnéticos que cercam a Terra e Júpiter. [Leia+]

"Como o LDX tem seu princípio inspirado nas observações de magnetosferas planetárias feitas por sondas espaciais, ele poderá fornecer aos astrofísicos novos detalhes sobre esses mecanismos, sem a necessidade de enviar novas sondas ao espaço."