foto ESO/Digitized Sky Survey 2
Durante anos, as estrelas mais primitivas do Universo, situadas fora da Via Láctea, conseguiram esconder-se dos olhos indiscretos dos humanos e seus telescópios cada vez melhores. Mas agora, elas foram finalmente desmascaradas.
Novas observações, utilizando o Very Large Telescope, localizado nas montanhas do Chile, solucionaram um importante problema astrofísico relativo às estrelas mais antigas na nossa vizinhança galáctica - um problema crucial para compreender as estrelas que se formaram quando o Universo ainda era muito jovem.
As estrelas primitivas agora observadas pertencem a uma das primeiras gerações de estrelas do Universo. Extremamente raras, podem ser observadas principalmente na Via Láctea."Até agora, evidências dessas populações têm sido escassas," diz a coautora Giuseppina Battaglia. "Enormes levantamentos feitos nos últimos anos mostraram continuamente que as populações estelares mais antigas da Via Láctea e de galáxias anãs não coincidem, um fato que não é de todo esperado segundo os modelos cosmológicos."
Os pesquisadores utilizaram o Very Large Telescope (VLO) para medir o espectro de cerca de 2.000 estrelas gigantes individuais em quatro das galáxias anãs vizinhas à Via Láctea: Fornax, Escultor, Sextante e Carina.
"O nosso trabalho não só revelou algumas das muito interessantes primeiras estrelas destas galáxias, como ainda fornece uma nova e poderosa técnica de detecção de estrelas deste tipo," conclui Starkenburg. "A partir de agora as estrelas já não têm mais onde se esconder!"
"Na realidade, descobrimos uma falha nos métodos utilizados até agora," conta Else Starkenburg, autora principal do artigo que descreve as descobertas. "O nosso método mais desenvolvido permitiu-nos descobrir as estrelas primitivas escondidas no meio de todas as outras estrelas mais comuns."
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