domingo, 6 de maio de 2007

MIT pesquisa mapeamento em tempo real de cidades por seus habitantes

via IDG Now!

Framingham - SENSEable City Laboratory usa triangulamento em redes Wi-Fi para mapear tráfegos de dados e indicar padrões dentro da cidade.

Durante um recente simpósio de tecnologia no Massachusetts Institute of Technology (MIT), uma das áreas estudas foi o aumento dos ambientes digitais urbanos.

Carlo Ratti, diretor da escola do SENSEable City Laboratory, afirma que o laboratório está examinando 'a interface entre pessoas, tecnologias móveis e cidades. Mudanças sem fio na maneira como as pessoas vivem e trabalham'.

Pesquisadores no grupo vêm usando a área urbana do MIT como um laboratório vivo. O campus atingiu 100% de área coberta por rede wireless no final de 2005 e já conta com mais de 3 mil pontos de acesso. O grupo monitora 104 prédios.


Com a infra-estrutura instalada, o grupo de Ratti começou a registrar e analisar padrões de tráfego, gerando mapas de calor e gráficos com estatísticas de uso que oferecem dimensionamentos em tempo real do que a população do MIT está fazendo no momento.

Pesquisadores lançaram, então, o iFind, cliente para PC que, por triangulação, oferece informações sobre a localização do usuário, que decide se quer e para quem quer ser visualizado, o que lhe permite ver onde amigos e colegas estão.

Cerca de 1.500 pessoas do grupo de 20 mil dentro do MIT baixaram o iFind.

Estes primeiros passos básicos levaram a experimentos na Europa. O laboratório fez parcerias com o Google e a Telecom Italia em Roma para ver quantas informações em tempo real poderiam ser coletadas sobre atividades da cidade ao monitor padrões de tráfego de telefones celulares e movimentos de ônibus e táxis.

Informações distribuídas em fotos aéreas mostram atividades de celulares como uma nuvem vermelha - quanto mais forte a cor, mais intenso o tráfego - enquanto ônibus e táxis eram representados por trilhos amarelos.

O tráfego de telefones mostrou a cidade acordando; durante a hora do rush, as principais trilhas mostraram alta densidade de tráfego de celular - alternando completamente na medida em que a população se espalhava pelos bairros.

Era possível ver onde a cidade pulsava e fluxos e movimentos das pessoas, afirmou Ratti. Este tipo de informação pode ser importante no planejamento de tudo, desde de como acomodar grandes eventos, como jogos de futebol, ao planejamento de rotas de evacuação em emergências.

O esquema também revela padrões úteis, como onde celulares são menos usados, e onde a infra-estrutura pode ser insuficiente.

No próximo passo, o laboratório está tentando determinar como a cidade pode trabalhar como um sistema em tempo real. "Cidades não são fáceis de mudar além de posicionamento de semáforos ou reconfigurações de pistas", afirma Ratti.

"Mas as pessoas mudam comportamentos baseadas no que está acontecendo. Você pode influenciá-las a isto".

"As cidades do amanhã serão feitas de concreto e silício, e tornarão isto possível, mas ainda não sabemos como fazer isto", acrescenta.


*John Dix é editor da Network World, em Framingham.

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