De Christiane Samarco na Agência Estado
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), teve uma conversa de 40 minutos com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, antes de chegar ao Congresso, pouco depois das 10h da manhã. Foi Lula quem chamou o senador ao gabinete presidencial, mas Renan aproveitou a conversa para pedir socorro ao presidente.
Um dirigente do PMDB revela que, no encontro, os dois avaliaram que o conflito entre partidos governistas (PT e PMDB, basicamente) em torno do processo disciplinar movido contra Renan no Conselho de Ética do Senado ganhou outra dimensão. 'Diante da declaração de guerra do partido Democratas ontem (terça), ficou claro que o que existe, agora, é uma batalha política entre governo e oposição', resumiu Renan a Lula.
O resultado prático desta avaliação é que o presidente Lula decidiu entrar pessoalmente na ofensiva dos aliados para solucionar a crise política em torno do caso Renan. Leia mais aqui
(Comentário meu: A oposição nada tem a ver com as dificuldades enfrentadas por Renan. Não foi ela que as criou. Pelo contrário: estava disposta a salvar Renan - e ainda está em grande parte. Renan dá uma de esperto quando vai a Lula vender a teoria de que o caso dele se tormou um embate entre governo e oposição - e que é por isso que o governo deve apoiá-lo.
Lula quer Renan no cargo - de preferência fraquinho, fraquinho como ficará caso não caia. Mas Lula não dará a cara à tapa por causa de Renan. Não dará por causa de ninguém. Vai ajudar Renan por debaixo dos panos. Mas se ele não se sustentar, Lula sentirá muito - e será sòmente isso. Sequer o chamará de "irmão" como fez com Palocci.)
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