O novo diretor de um dos principais museus britânicos, o Museu da Ciência, defende uma nova arma no combate ao aquecimento global: o controle de natalidade.
Em reportagem publicada neste domingo pelo jornal The Observer, Chris Rapley argumenta que uma população menor no futuro significará 'menos dióxido de carbono jogado na atmosfera, porque haverá menos pessoas para usar carros e eletricidade'.
Rapley, que assume oficialmente o cargo no dia 1º de setembro, alega que 'para atingir esse objetivo você só precisa gastar uma fração do dinheiro que seria necessário para desenvolver soluções tecnológicas, novas usinas nucleares ou produzir combustíveis renováveis'.
'Porém, todos decidiram ignorar o assunto silenciosamente', afirma Rapley, que antes de ser escolhido diretor do museu era o chefe da missão britânica na Antártida.
Para ele, é importante uma ação para evitar que a população mundial se aproxime dos 10 bilhões.
Segundo dados recentes do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a população mundial deve crescer dos atuais 6,6 bilhões para cerca de 9 bilhões em 2050.
Agumento semelhante ao de Rapley já havia sido defendido recentemente pela organização não-governamental britânica Optimum Population Trust (OPT), dedicada a defender o controle de natalidade.
Em maio, a ONG lançou um relatório afirmando que, mesmo com uma redução de 60% nos níveis de emissões de CO2 até 2050 em relação aos níveis de 1990, seguindo a recomendação do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU), isso seria praticamente anulado pelo crescimento populacional no período.
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