A revista Estudos Avançados termina o ano com uma análise profunda sobre um dos problemas mais graves e complexos do Brasil na atualidade.
O dossiê “Crime organizado” é o destaque da 61ª edição da publicação do Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP) O lançamento da revista será no dia 12 de dezembro, na sede do IEA, mas haverá pré-lançamento nesta segunda-feira (26/11), durante o Seminário Internacional sobre o Crime Organizado, realizado pelo Centro de Estudos da Violência da USP um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) da FAPESP, também conhecido como Núcleo de Estudos da Violência (NEV).
De acordo com Marco Antônio Coelho, editor executivo da revista, o dossiê mescla estudos científicos e reportagens para compor um quadro abrangente dos aspectos múltiplos e controversos ligados ao tema.
“Buscamos especialistas de diversas áreas e combinamos essa contribuição com entrevistas com alguns dos principais especialistas e atores sociais envolvidos com o tema, a fim de explorar suas diversas dimensões”, disse Coelho à Agência FAPESP.
O editor conta que o dossiê e o seminário foram iniciativas independentes que terminaram por gerar colaboração. “Quando começamos a preparar o dossiê, entramos em contato com o NEV para buscar orientações e descobrimos que, coincidentemente, eles estavam preparando o evento. Muito do que foi debatido na publicação será desenvolvido no seminário”, disse.
Coelho conta que o sociólogo Sérgio Adorno, um dos coordenadores do NEV, e o antropólogo Luiz Eduardo Soares, que foi secretário Nacional de Segurança Pública, apoiaram diretamente a produção do dossiê. Adorno prefaciou a edição.
“Eles nos deram várias das indicações sobre especialistas e temáticas a serem abordadas. A partir daí, fomos procurar outros nomes que tratam do tema na prática, como a direção da Polícia Federal, agentes da Pastoral Carcerária, delegados, promotores, advogados e juízes”, disse.
Um dos destaques da edição é a reportagem “De batedor de carteira a assaltante de bancos”, feita a partir de depoimento de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, conhecido como líder da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Tive acesso ao depoimento concedido por Marcola no presídio de Presidente Bernardes, a partir de uma pesquisa feita na documentação da Comissão Parlamentar de Inquérito do tráfico de armas”, explicou Coelho, autor do texto. [Leia+]
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