O dióxido de carbono (CO2) é o grande vilão nesse início de século quando o assunto é a preservação do meio ambiente.
Quimicamente, no entanto, ele é uma matéria-prima em potencial caso ele seja 'reenergizado', transformando-se em monóxido de carbono (CO), o gás pode entrar em uma cadeia produtiva e ser convertido em combustível gasoso ou líquido.
É isto o que está tentando fazer o professor Rich Diver, dos Laboratórios Sandia, nos Estados Unidos. Utilizando um gigantesco concentrador de energia solar, ele está utilizando a combustão reversa para reenergizar o CO2 e transformá-lo em monóxido de carbono.
O CO poderá ser utilizado para a produção de hidrogênio ou servir como um dos elementos no processo de fabricação de combustíveis líquidos, como o metanol ou até mesmo a gasolina ou o óleo diesel.
O enorme forno solar quebra as ligações carbono-oxigênio no dióxido de carbono e gera monóxido de carbono e oxigênio puro. A idéia original do reator era quebrar a água em hidrogênio e oxigênio, para utilização do hidrogênio como combustível.Logo, porém, os pesquisadores viram que seu invento era mais versátil do que eles pensaram inicialmente.
Os cientistas sabem há muito tempo que é teoricamente possível reciclar o dióxido de carbono. A questão é tornar essa possibilidade uma realidade prática, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico. É como fazer isto que o reator solar está ajudando os pesquisadores a descobrir.
Embora promissora, a tecnologia está no primeiro estágio de pesquisas. Diver acredita que ela demore ainda de 15 a 20 anos para chegar ao mercado, devido às questões técnicas que ainda precisam ser resolvidas e, principalmente, à viabiliade econômica o funcionamento do protótipo não é contínuo, processando pequenos volumes de cada vez.
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