quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A condenação de Galileu pelo Santo Ofício [Parte-2]



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O Papa suspeitava que o tolo personagem era uma caricatura dele próprio, o que não era certamente a intenção de Galileu, e sentiu-se extremamente traído na confiança que tinha neste depositado. Galileu perdeu assim o mais poderoso dos seus aliados. Contudo estas são especulações somente, porque não há registo de Galileu nem por parte do Vaticano que levem a afirmar este tipo de pensamentos nunca expressos e entre dois amigos.

Galileu era cristão fervoroso, mas tinha um temperamento conflituoso e viveu numa época atribulada na qual a Igreja Católica endurecia a sua vigilância sobre a doutrina para fazer frente à heresia da chamada Reforma Protestante ou falsa reforma. O Papa sentiu que a aceitação do modelo heliocêntrico como ferramenta tinha sido ultrapassada e convocou Galileu a Roma para ser julgado, apesar de este se encontrar bastante doente.

Após um julgamento longo e atribulado foi condenado a abjurar publicamente as suas idéias e a prisão por tempo indefinido.

A prisão de Galileu tornou-se um falso exemplo mais citado da "luta entre fé e ciência".

Testemunhas dão nota que Galileu depois da prisão domiciliária e preventiva, no conforto e vida às custas da própria autoridade clerical, por vontade própria rezava diariamente o Breviário, livro de orações monástico da Liturgia do Rito Romano.

livros de Galileu foram incluídos no Index, censurados e proibidos, mas foram publicados nos Países Baixos, onde o protestantismo tinha já substituído o catolicismo e estava disposto a divulgar tudo o que pudesse vexar a Igreja de onde tinha saído. Reza a lenda que, ao sair do tribunal após sua condenação, disse uma frase célebre: "Eppur si muove!", ou seja, "contudo, ela se move", referindo-se à Terra.

Galileu consegue comutar a pena de prisão a confinamento, primeiro no Palácio do Embaixador do Grão-duque da Toscana em Roma, depois na casa do arcebispo Piccolomini em Sena e mais tarde na sua própria casa de campo em Arcetri.

O mito protestante tinha difundido que Galileu teria sido queimado na fogueira como forma de alimentar a "lenda negra" que em parte foi chegando até aos nossos dias. [Leia +] [Parte-1]


Um comentário:

Anônimo disse...

very cool.