terça-feira, 25 de agosto de 2009

Cern vai além do acelerador de partículas


via Estadão
Renato Cruz

Os principais experimentos da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) estão relacionados ao Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), um projeto que chegou a ser classificado como o maior experimento da física já realizado.

No entanto, a máquina - que pretendia recriar o Big Bang - quebrou logo após a inauguração e só deve voltar a funcionar em novembro.

Mas nem todas as pesquisas do Cern estão relacionadas ao famoso LHC, conhecido também como acelerador de partículas. Outro projeto, chamado de Alpha, pretende armazenar átomos de anti-hidrogênio, Outro projeto, o Cloud (Nuvem), tem como objetivo descobrir a influência dos raios cósmicos na formação das nuvens e, consequentemente, nas mudanças climáticas.

O Alpha tenta descobrir por que existe mais matéria que antimatéria no Universo. Logo após o Big Bang, quando a energia liberada começou a ser transformada em matéria, teoricamente as partículas e as antipartículas foram criadas na mesma quantidade. O motivo de a matéria ter vencido ainda é um mistério. Além do Alpha, a pesquisa no LHC vai procurar uma explicação para isso.

Já o Cloud prevê a construção de uma câmara avançada de nuvens e uma câmara de reator, que permitirão recriar as condições de temperatura e pressão de qualquer ponto da atmosfera. Todas as condições experimentais serão controladas, incluindo intensidade dos raios cósmicos. [Leia+]


"Os experimentos não relacionados ao LHC recebem menos recursos. São cerca de US$ 4,5 milhões por ano. Só o conserto do LHC custou US$ 27,5 milhões. A experiência consiste em fazer com que milhões de prótons percorram os 27 quilômetros dos túneis (entre a Suíça e a França) e se choquem. Essa aceleração das partículas ajudará a decifrar as leis que governam a evolução do Universo."

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