via BBC Brasil
Cientistas da Universidad Nacional Autónoma de Mexico (UNAM) estão estudando a capacidade regenerativa do axolote - anfíbio com três pares de brânquias externas - para tentar aplicá-la à medicina.
O anfíbio, nativo de alguns canais do Lago Xochimilco, na Cidade do México, possui, segundo especialistas, uma das maiores capacidades regenerativas do planeta, podendo regenerar extremidades completas do corpo até pedaços de cérebro.
Essa capacidade chamou a atenção de cientistas de várias partes do mundo, que vêm estudando e modificando seu código genético para encontrar formas de ajudar pacientes que tiveram membros amputados ou sofrem de doenças degenerativas como o Mal de Alzheimer.
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos já doou mais de US$ 6 milhões a pesquisas sobre o anfíbio de 20 centímetros de comprimento, com a esperança de que algum dia seja desenvolvida uma tecnologia capaz de ajudar, por exemplo, veteranos de guerra.
Os astecas, que comiam axolotes e os usavam na cura de doenças, acreditavam que o animal era a reencarnação do deus do raio fulminante Xólotl, que teria se metamorfoseado para evitar que fosse sacrificado.
Alguns cientistas acreditam que dentro de duas décadas os humanos serão capazes de regenerar suas extremidades como fazem os axolotes, mas outros pesquisadores são mais cautelosos. [Leia+]
"Apesar de estar em risco de extinção, o anfíbio se reproduz com facilidade em laboratório, principalmente na Alemanha e nos Estados Unidos. De fato, hoje em dia há mais axolotes em cativeiro do que em seu habitat natural."
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